A atenção é uma função de fundamental importância, já que permite a interação do indivíduo com o seu ambiente, além de subsidiar a organização de processos mentais. Por meio dessa habilidade é possível captar estímulos e selecionar qual deles terá seus detalhes apreendidos de forma privilegiada. A forma como "escolhemos" e processamos essas informações contribui para determinar nosso comportamento.
Neurociência da atenção
Estudos recentes, nos quais são utilizadas técnicas de imagiamento cerebral têm possibilitado a investigação dos mecanismos específicos do sistema de atenção. É possível destacar 3 tipos de atenção: seletiva, sustentada e dividida.
Atenção seletiva
A atenção seletiva, como o próprio nome indica, é uma espécie de atenção voltada para um foco específico em detrimento dos demais focos possíveis de nossa atenção. Por exemplo: as vias de percepção e apreensão do mundo são os sentidos - tato, olfato, visão, paladar e audição -, quando nos centramos em um ponto específico como uma imagem que nos remete a uma linha de raciocínio muito intensa ou nos evoca uma emoção muito forte, podemos ter uma perda sensível de nossas percepções dos demais sentidos, não ouvindo alguém nos chamar pelo nome ou não sentindo algumas mudanças de temperatura ao nosso redor. A atenção seletiva é comum e mesmo desejada quando nos "concentramos" em alguns estudos ou em aprender habilidades novas.
Atenção sustentada


A atenção dividida é a forma como "operamos" cognitivamente ao longo do dia. É o terror dos monges budistas e zen. É o estar aqui agora escrevendo esse texto pensando em projeção - para o passado e para o futuro - lembrando como foi o dia de hoje e fazendo uma lista das tarefas que farei assim que terminar. Esse tipo de atenção é inevitável ao longo do dia, mas o ideal mesmo é que possamos limitá-lo a tarefas e momentos menos importantes, como dirigindo ou executando operações rotineiras que não exijam nossa atenção plena. Do contrário corremos o risco, por exemplo, no trabalho, de fazermos duas vezes a mesma tarefa, porque não estávamos "prestando atenção" ao que fazíamos.
Renato Kress
Diretor do Instituto ATENA
www.institutoatena.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário