Quem reduz drasticamente os carboidratos das refeições tem prejuízo das funções cognitivas. E os efeitos já são sentidos depois de uma semana nesse tipo de dieta, segundo artigo publicado na revista Appetite por psicólogos da Universidade Tufts em Sommerville, Estados Unidos. Participaram da pesquisa 19 mulheres, das quais nove optaram por um regime pobre em carboidratos, e as demais, por uma dieta de restrição calórica - mas em que esse nutriente foi mantido. Todas passaram por vários testes de memória (curto e longo prazo, visual e espacial). Embora a amostra seja pequena, os resultados foram muito evidentes, particularmernte nas tarefas mais difíceis, afirmam os autores, que esclarecem ainda que esses déficits cognitivos são revertidos com a reintrodução dos carboidratos nas refeições.
Cada vez mais uma dieta balanceada em todos os nutrientes da pirâmide alimentar (imagem abaixo) auxiliada por uma vida ativa e uma noite de qualidade parecem as melhores formas para manter-se saudável, física e mentalmente.
A comprovação científica de que cortar os carboidratos afeta o processo cognitivo valida ainda mais o conhecido gráfico acima. Cortar os carboidratos é cortar a base, o sustentáculo de nosso organismo.
Manter uma dieta variada e equilibrada auxilia no processo cognitivo, como manter atividades variadas e um estilo de vida que prime pelo equilíbrio entre corpo, mente, espírito e emoções. Um bom equilíbrio nessas quatro esferas tende a ampliar a rapidez de raciocínio e a percepção tanto de conteúdos específicos como de aspectos contextuais. Todos os aspectos necessários (além do conhecimento do conteúdo da prova) para ser bem sucedido em uma prova, teste ou concurso.
Renato Kress
Diretor do Instituto ATENA
www.institutoatena.com
terça-feira, 26 de outubro de 2010
terça-feira, 19 de outubro de 2010
Noites Maldormidas: mente lenta, reflexos baixos
Apenas uma noite sem dormir já é suficiente para que se observe um grande aumento dos níveis de dopamina no cérebro, cuja função é ajudar a pessoa a se manter acordada. Esta relação entre dopamina e privação do sono foi demonstrada por pesquisadores do Instituto Nacional de Abuso de Drogas dos Estados Unidos, em artigo no Journal of Neuroscience.
Reflexos baixos, mente lenta
Segundo os cientistas, o aumento da liberação deste neurotransmissor excitatório parece compensar os efeitos negativos da falta de sono, de forma semelhante aos efeitos da anfetamina, droga usada por algumas pessoas para diminur a sonolência e a fadiga. Por outro lado, os indivíduos com maior liberação de dopamina foram os que se saíram pior nos testes psicomotores e cognitivos no dia seguinte ao experimento. O estudo foi feito com 15 voluntários, nos quais metade passou a noite acordada e metade (grupo controle) dormiu.
Segundo os cientistas, o aumento da liberação deste neurotransmissor excitatório parece compensar os efeitos negativos da falta de sono, de forma semelhante aos efeitos da anfetamina, droga usada por algumas pessoas para diminur a sonolência e a fadiga. Por outro lado, os indivíduos com maior liberação de dopamina foram os que se saíram pior nos testes psicomotores e cognitivos no dia seguinte ao experimento. O estudo foi feito com 15 voluntários, nos quais metade passou a noite acordada e metade (grupo controle) dormiu.
Os voluntários também passaram por tomografia por emissão de pósitron. Os resultados indicam que as estruturas cerebrais mais afetadas foram o estriado - associado a motivação e recompensa - e o tálamo, responsável pelo alerta. Segundo os pesquisadores, estes resultados se referem apenas à privação aguda de sono e não permitem concluir nada sobre a privação crônica, mais compatível com a realidade dos tempos modernos, e que é objeto de futuras pesquisas do grupo.
Virando noites
Virando noites
Se pensarmos isso em relação às noites viradas para resolver projetos, criar apresentações, estudar para provas e exames, podemos perceber, neurocientificamente falando, o grau de depleção cognitiva (diminuição da capacidade de compreender e instrumentalizar conhecimentos) ao qual nos arriscamos tendo esse tipo de "costume".
Questões culturais e perspectivas funcionais
Quando tendemos a criar, para nós, o hábito de estudar em cima da hora, virar noites tentando apreender em algumas horas conteúdos que foram passados durante semanas ou meses, estamos correndo o sério risco de não termos, na hora de colocarmos nossos conhecimentos à prova, a mesma habilidade que teríamos em organizá-los e concatená-los logicamente, caso tivéssemos sedimentado esse conhecimento ou ao menos tido uma noite proveitosa de sono.
Quando tendemos a criar, para nós, o hábito de estudar em cima da hora, virar noites tentando apreender em algumas horas conteúdos que foram passados durante semanas ou meses, estamos correndo o sério risco de não termos, na hora de colocarmos nossos conhecimentos à prova, a mesma habilidade que teríamos em organizá-los e concatená-los logicamente, caso tivéssemos sedimentado esse conhecimento ou ao menos tido uma noite proveitosa de sono.
Reza a lenda urbana que é característica do brasileiro procrastinar - deixar tudo para a última hora -, mas em se tratando de provas, concursos, apresentações ou defesas de trabalhos, teses e questões estratégicamente relevantes para o seu futuro profissional ou educacional, pode não ser a melhor das opções perder diferenciais importantes como a flexibilidade e a agilidade intelectual. Se organize e procure sempre manter-se em dia tanto nas tarefas quanto no estudo e no descanso.
Por Renato Kress
Diretor do Instituto ATENA
Dicas:
ABC da Saúde, insônia
Diretor do Instituto ATENA
Dicas:
ABC da Saúde, insônia
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
Para escolher e organizar informações
Atenções
A atenção é uma função de fundamental importância, já que permite a interação do indivíduo com o seu ambiente, além de subsidiar a organização de processos mentais. Por meio dessa habilidade é possível captar estímulos e selecionar qual deles terá seus detalhes apreendidos de forma privilegiada. A forma como "escolhemos" e processamos essas informações contribui para determinar nosso comportamento.
Neurociência da atenção
Estudos recentes, nos quais são utilizadas técnicas de imagiamento cerebral têm possibilitado a investigação dos mecanismos específicos do sistema de atenção. É possível destacar 3 tipos de atenção: seletiva, sustentada e dividida.
Atenção seletiva
A atenção seletiva, como o próprio nome indica, é uma espécie de atenção voltada para um foco específico em detrimento dos demais focos possíveis de nossa atenção. Por exemplo: as vias de percepção e apreensão do mundo são os sentidos - tato, olfato, visão, paladar e audição -, quando nos centramos em um ponto específico como uma imagem que nos remete a uma linha de raciocínio muito intensa ou nos evoca uma emoção muito forte, podemos ter uma perda sensível de nossas percepções dos demais sentidos, não ouvindo alguém nos chamar pelo nome ou não sentindo algumas mudanças de temperatura ao nosso redor. A atenção seletiva é comum e mesmo desejada quando nos "concentramos" em alguns estudos ou em aprender habilidades novas.
Atenção sustentada
A atençào sustentada é simplesmente a manutenção da atenção sob um determinado assunto ou tarefa por um longo período de tempo. Em geral nossa percepção e atenção costumam se desviar de um mesmo assunto após algum tempo de estudo. Em nossa sociedade celerada, onde estímulos - principalmente visuais e auditivos - nos chegam à velocidades cada vez maiores, estamos nos condicionando a não prestar maior atenção ou mantê-la por muito tempo sob o mesmo estímulo. Um "truque" prático para isso é estudarmos ou lermos efetuando pequenos intervalos regulares de 2 a 5 minutos, por exemplo: a cada meia hora ou quarenta e cinco minutos pararmos, comermos uma maçã ou tomarmos um suco ou copo d'água e voltarmos a ler. Essa "paradinha" nos dará novo fôlego para a leitura e também é um espaço para que o processamento interno ocorra naturalmente, sem se afogar no excesso de informações novas.
Atenção dividida
A atenção dividida é a forma como "operamos" cognitivamente ao longo do dia. É o terror dos monges budistas e zen. É o estar aqui agora escrevendo esse texto pensando em projeção - para o passado e para o futuro - lembrando como foi o dia de hoje e fazendo uma lista das tarefas que farei assim que terminar. Esse tipo de atenção é inevitável ao longo do dia, mas o ideal mesmo é que possamos limitá-lo a tarefas e momentos menos importantes, como dirigindo ou executando operações rotineiras que não exijam nossa atenção plena. Do contrário corremos o risco, por exemplo, no trabalho, de fazermos duas vezes a mesma tarefa, porque não estávamos "prestando atenção" ao que fazíamos.
Renato Kress
Diretor do Instituto ATENA
www.institutoatena.com
A atenção é uma função de fundamental importância, já que permite a interação do indivíduo com o seu ambiente, além de subsidiar a organização de processos mentais. Por meio dessa habilidade é possível captar estímulos e selecionar qual deles terá seus detalhes apreendidos de forma privilegiada. A forma como "escolhemos" e processamos essas informações contribui para determinar nosso comportamento.
Neurociência da atenção
Estudos recentes, nos quais são utilizadas técnicas de imagiamento cerebral têm possibilitado a investigação dos mecanismos específicos do sistema de atenção. É possível destacar 3 tipos de atenção: seletiva, sustentada e dividida.
Atenção seletiva
A atenção seletiva, como o próprio nome indica, é uma espécie de atenção voltada para um foco específico em detrimento dos demais focos possíveis de nossa atenção. Por exemplo: as vias de percepção e apreensão do mundo são os sentidos - tato, olfato, visão, paladar e audição -, quando nos centramos em um ponto específico como uma imagem que nos remete a uma linha de raciocínio muito intensa ou nos evoca uma emoção muito forte, podemos ter uma perda sensível de nossas percepções dos demais sentidos, não ouvindo alguém nos chamar pelo nome ou não sentindo algumas mudanças de temperatura ao nosso redor. A atenção seletiva é comum e mesmo desejada quando nos "concentramos" em alguns estudos ou em aprender habilidades novas.
Atenção sustentada
A atençào sustentada é simplesmente a manutenção da atenção sob um determinado assunto ou tarefa por um longo período de tempo. Em geral nossa percepção e atenção costumam se desviar de um mesmo assunto após algum tempo de estudo. Em nossa sociedade celerada, onde estímulos - principalmente visuais e auditivos - nos chegam à velocidades cada vez maiores, estamos nos condicionando a não prestar maior atenção ou mantê-la por muito tempo sob o mesmo estímulo. Um "truque" prático para isso é estudarmos ou lermos efetuando pequenos intervalos regulares de 2 a 5 minutos, por exemplo: a cada meia hora ou quarenta e cinco minutos pararmos, comermos uma maçã ou tomarmos um suco ou copo d'água e voltarmos a ler. Essa "paradinha" nos dará novo fôlego para a leitura e também é um espaço para que o processamento interno ocorra naturalmente, sem se afogar no excesso de informações novas.
Atenção dividida
A atenção dividida é a forma como "operamos" cognitivamente ao longo do dia. É o terror dos monges budistas e zen. É o estar aqui agora escrevendo esse texto pensando em projeção - para o passado e para o futuro - lembrando como foi o dia de hoje e fazendo uma lista das tarefas que farei assim que terminar. Esse tipo de atenção é inevitável ao longo do dia, mas o ideal mesmo é que possamos limitá-lo a tarefas e momentos menos importantes, como dirigindo ou executando operações rotineiras que não exijam nossa atenção plena. Do contrário corremos o risco, por exemplo, no trabalho, de fazermos duas vezes a mesma tarefa, porque não estávamos "prestando atenção" ao que fazíamos.
Renato Kress
Diretor do Instituto ATENA
www.institutoatena.com
terça-feira, 5 de outubro de 2010
Memória e Cognição: atenção, novidade e prazer
Atenção!
Quando lemos o subtítulo acima vemos um comando direto. Essa especie de comando possui um efeito sobre a nossa percepção da realidade externa e os processos de estruturação do raciocínio se tornam mais rápidos, eficientes e conscientes. É o que em neurolingüística se chama de "up time" (tempo alto) quando toda a nossa atenção está focada para o exterior, o que em português claro chamamos de estado de "alerta".
Up time e Down time
O contrário de "up time" (tempo alto) é "down time" (tempo baixo) em que usamos nossos cinco sentidos voltados para dentro de nós mesmos, concentrando a atenção sobre nosso raciocínio, nossos sentimentos, sensações ou diálogos internos.
Basicamente:
Up time = atenção voltada para fora, alerta, distensão da atenção ou concentração num foco externo
Down time = atenção voltada para dentro, desligamento da situação externa, concentração (foco interno)
Senso de oportunidade e coerência interna
Entre os dois estados não existe uma hierarquia. Nenhum é melhor do que o outro, apenas devem ser utilizados conscientemente em momentos diferentes ao longo de nossas vidas. Por exemplo não tenho como dar um bom treinamento se não estiver a maior parte do tempo em "up time", focado nas reações conscientes e inconscientes dos treinandos, observando sua respiração, seus movimentos de cabeça, suas expressòes faciais em resposta às minhas explanações. Da mesma forma não tenho como estudar um assunto se não estiver em "down time", do contrário ao invés de criar ligações entre o que estou estudando e as demais áreas do conhecimento que eu já tenha, vou ficar preocupado na ligação que tenho de receber, na hora, na música que toca na rua ou na baia ao lado.
Entre os dois estados não existe uma hierarquia. Nenhum é melhor do que o outro, apenas devem ser utilizados conscientemente em momentos diferentes ao longo de nossas vidas. Por exemplo não tenho como dar um bom treinamento se não estiver a maior parte do tempo em "up time", focado nas reações conscientes e inconscientes dos treinandos, observando sua respiração, seus movimentos de cabeça, suas expressòes faciais em resposta às minhas explanações. Da mesma forma não tenho como estudar um assunto se não estiver em "down time", do contrário ao invés de criar ligações entre o que estou estudando e as demais áreas do conhecimento que eu já tenha, vou ficar preocupado na ligação que tenho de receber, na hora, na música que toca na rua ou na baia ao lado.
Energia, foco, cognição
A sete anos atrás aprendi com um mestre antropólogo texano e treinador de neurolingüística: "Energy flows where attention goes" ("a energia flui para onde a atenção vai") e a própria idéia de "up time" e "down time" são direcionamentos da nossa energia, não mais que isso. Você pode encontrar esse mesmo ensinamento no taoísmo, no hinduísmo, no budismo, na psicologia analítica ou na física quântica. Os nomes com que você encontrará esse mesmo ensinamento serão "chi" ou "ki", "prhana", "kundalini", "energia psíquica" ou simplesmente "quânton, quark" etc. O que realmente importa é como compreender e utilizar isso a seu favor.
A sete anos atrás aprendi com um mestre antropólogo texano e treinador de neurolingüística: "Energy flows where attention goes" ("a energia flui para onde a atenção vai") e a própria idéia de "up time" e "down time" são direcionamentos da nossa energia, não mais que isso. Você pode encontrar esse mesmo ensinamento no taoísmo, no hinduísmo, no budismo, na psicologia analítica ou na física quântica. Os nomes com que você encontrará esse mesmo ensinamento serão "chi" ou "ki", "prhana", "kundalini", "energia psíquica" ou simplesmente "quânton, quark" etc. O que realmente importa é como compreender e utilizar isso a seu favor.
Pesquisadores do Trinity College, em Dublin, Irlanda, fizeram uma pesquisa utilizando tomografia por ressonância magnética funcional (TRMf), esse procedimento mede a atividade das regiões cerebrais pelo fluxo de sangue. A experiência consistia, basicamente, em apresentar a voluntários duas combinações de imagens: no primeiro grupo havia figuras inéditasm que as pessoas nunca haviam visto, misturadas a outras, bastante divulgadas na mídia; no segundo grupo estavam apenas imagens já vistas pelos participantes. Resultado: no primeiro caso os sujeitos se lembraram melhor das fotos do que no segundo.
Percebemos que em um contexto com grande valor de inovação aumentava consideravelmente a capacidade retentiva da memória, como se ao perceber a novidade algumas regiões do cérebro entrassem em "estado de alerta", "up time", fazendo o caminho de volta à consciência ser mais claro e rápido.
Novidade, alerta, processamento
Quanto mais conhecidas erma as imagens mostradas aos vonluntários da pesquisa, menos os neurônios se agitavam no mesencéfalo (SN e ATV) assim como no hipocampo. Sendo assim, o surto de atividades desencadeado pela novidade nessas áreas parece realmente ser o motivo para o melhor desempenho da memória.
"Eu vejo um museu de grandes novidades"
Mas somos levados a perguntar: Quanto tempo dura o efeito positivo da novidade? Os estudos do Trinity College mostraram que, em ratos, a potenciação causada pela novidade pode durar até meia hora (30 minutos) após a primeira estimulação neural gerada pela novidade. É provável que para os seres humanos esse tempo seja ainda maior. Após depararem com uma novidade os cérebros das cobaias pareciam mais aptos a armazenar informações.
O que aconteceria se, nas nossas práticas de ensino, apresentássemos novos estímulos antes de uma atividade de ensino? essa prática pode favorecer a aprendizagem e torná-la mais prazerosa? Nós do Instituto ATENA acreditamos que sim, e investimos em treinamentos que superam as expectativas de nossos clientes e associados.
Prazer em aprender
A novidade pode estimular o aprendizado e a memória, além de tornar mais agradável e eficiente o desafio de aprender. Essa conclusão fornece a todos os educadores uma possível ferramenta para a estruturação mais eficiente de suas aulas: o uso estratégico de conteúdos-surpresa!
No Instituto ATENA só trabalhamos com cursos 100% originais e patenteados, com arte interna e externa completamente original, conteúdo totalmente criado por nós e patenteado. Nos orgulhamos de só oferecer experiências completamente novas a nossos alunos, seja esse o primeiro ou simplesmente o mais recente contato com o universo da programação neurolingüística. Você nunca viu nada igual ao nosso trabalho!
Renato Kress
Diretor do Instituto ATENA
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
Pesquisa FAPESP - descobertas em neurociência.
Alarme sanguíneo
Estudo de neurologista brasileira sugere que níveis elevados de aminoácido no sangue podem ser um indicador de casos de apneia do sono
Acesse a postagem original:
http://www.revistapesquisa.fapesp.br/?art=6748&bd=2&pg=1&lg=
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